Confira, neste artigo, seis razões para famílias e escolas promoverem a educação criativa no ensino infantil e saiba como aplicá-la.

Uma prática pedagógica de bastante destacada no Brasil é a educação criativa, a qual tem potencial para se tornar um instrumento efetivo de modernização do ensino no país. A saber, quando a criatividade é utilizada como uma ferramenta de aprendizagem, todos os envolvidos no processo educacional são beneficiados.

Logo, você vai descobrir neste texto tudo sobre essa modalidade: o que ela é, quais são os seus princípios, quais são os seus benefícios e qual é o papel do professor e da família no processo educacional, além de conferir uma dica final sobre como estimular essa prática nas crianças. Boa leitura!

O que é uma educação criativa?

A criatividade é uma competência fundamental a ser desenvolvida no processo de ensino e de aprendizagem. Especialmente, a etapa curricular da escolarização infantil é um período crucial para a formação das crianças nessa habilidade. Assim, uma educação criativa necessariamente ensinará o estudante a:

• ter disposição para aprender coisas novas;
• saber se expressar com imaginação;
• ter a capacidade de superar desafios;
• propor soluções inovadoras.

Sobretudo, a ênfase na prática da criatividade indica o afastamento do paradigma arcaico de educação, no qual o professor “transmite” o conhecimento para os seus estudantes em sala de aula. Ao contrário, um ensino criativo posiciona o aluno no centro do processo de aprendizagem e o estimula a se desenvolver com autonomia na escola.

A título de esclarecimento, o modelo educacional criativo é uma metodologia formulada pelo pesquisador Mitchel Resnick em parceria com o Massachusetts Institute of Technology (MIT). Inspirado por importantes teóricos da educação, como Jean Piaget e Seymour Papert, esse educador estabeleceu quatro princípios como a base para o sucesso dessa iniciativa, os quais você pode conferir a seguir.

1. Projetos

A aprendizagem baseada em projetos é uma modalidade de metodologia ativa. Nesse formato, os seus filhos podem estudar de uma maneira contextualizada e interdisciplinar, a partir de tarefas de médio e longo prazo.

No caso da educação infantil, isso pode ser feito por meio de um “problema orientador” inicial a ser solucionado pelas crianças. Por exemplo, a proposição de uma atividade que os incentive a construir uma horta comunitária com a ajuda da família e dos professores.

2. Paixão

Adiante, o segundo princípio do sistema educacional criativo busca valorizar o envolvimento e o engajamento da criança com o conteúdo apresentado. Isso significa garantir uma aprendizagem significativa ao estudante para que ele possa exercer a sua criatividade. Logo, é importante que se trabalhem nas aulas assuntos que façam sentido para ele e que se conectem com a sua realidade.

3. Pares

A criatividade se multiplica quando implementada de modo coletivo. Assim, a aprendizagem colaborativa é fundamental para o desenvolvimento educacional. A troca de vivências, de ideias e de experiências entre as crianças permite que o conhecimento seja construído de forma mais orgânica. Além disso, essa prática estimula importantes competências na educação infantil, tais como tolerância, trabalho em grupo e espírito de equipe.

4. Play (jogar)

Estudar e aprender são atividades que não podem ser encaradas pelas crianças como algo chato. Dessa maneira, o quarto princípio do modelo educacional criativo ressalta a importância de um ensino agradável, prazeroso e lúdico. Logo, ele poderá ajudar a desenvolver as habilidades dos estudantes com jogos e brincadeiras (por exemplo, por meio da gamificação).

Quais são as 6 razões para promover uma abordagem educacional criativa?

De antemão, você já viu o quanto o modelo criativo é vantajoso para a aprendizagem dos estudantes. Então, confira a seguir seis motivos concretos para que essa modalidade seja implementada imediatamente nas escolas públicas e privadas brasileiras, principalmente durante a etapa curricular da educação infantil (creche e pré-escola).

1. Incentivo à autenticidade

Primeiramente, uma criança estimulada desde cedo a pensar por si mesma e a explorar a sua inteligência tende a ser mais autêntica. Assim, ela será mais independente, com facilidade para se expressar, disposta a valorizar as próprias opiniões e aberta a novas formas de pensar. Nesse sentido, todas essas características seriam exercidas a partir de uma proveitosa curiosidade.

2. Desenvolvimento físico, emocional, social e cognitivo

Ademais, uma educação criativa ajuda a potencializar todas as esferas do desenvolvimento das crianças. Dessa forma, isso significa que a realização de atividades pedagógicas que trabalhem a criatividade na escola pode ser de grande valia para a sua formação humana. A seguir, veja alguns exemplos práticos dessa aplicação:

• físico: esportes adaptados e dinâmicas pedagógicas;
• emocional: teatro infantil e educação artística;
• social: rodas de brincadeiras e jogos educativos;
• cognitivo: leitura de livros e práticas de alfabetização.

3. Aumento das chances de boas oportunidades no futuro

O desenvolvimento de uma criança autônoma e criativa certamente lhe trará ótimos resultados no futuro, principalmente quando ela for jovem e ingressar no mercado de trabalho. De fato, as novas profissões (especialmente os ofícios da área de tecnologia) exigem trabalhadores mais criativos, com pensamentos multitarefas, liderança e capacidade de propor soluções inteligentes em seu cotidiano.

Além disso, uma criança criativa tem a tendência de aflorar a sua vocação, de explorar diferentes ideias e de descobrir progressivamente o seu verdadeiro potencial. Dessa maneira, o processo futuro de descoberta profissional e a escolha do curso universitário serão muito mais fáceis, com mínimas chances de uma tomada de decisão precipitada.

4. Resolução de problemas

Naturalmente, a criatividade dialoga diretamente com a competência de resolução de problemas. Dessa forma, um estudante que seja capaz de imaginar diferentes caminhos para a superação de um desafio terá um enorme diferencial em sua educação. Nesse sentido, ele também terá uma maior facilidade com questões de lógica e de matemática.

5. Facilidade de adaptação

O sistema educacional do século XXI demanda a formação de um estudante criativo, dinâmico e que saiba se adaptar às constantes transformações tecnológicas. Especificamente no caso das crianças, é fundamental que a educação infantil incentive a aplicação transversal das diferentes formas de conhecimento em sua realidade, com consideração ao seu contexto sociocultural.

6. Aumento da autoestima e autoconfiança

A valorização da autonomia e da criatividade de uma criança na educação infantil certamente reforçará a sua autoestima e a sua autoconfiança. Dessa maneira, ela se sentirá mais segura e confiante quando criar soluções próprias para os problemas apresentados, em vez de sempre seguir as “fórmulas prontas” de um adulto.

Igualmente, ela ficará mais à vontade para expor e defender as suas ideias. A saber, esse aspecto é bastante benéfico para a construção da sua personalidade.

Qual é o papel do professor e da família?

Embora a educação criativa posicione o estudante no centro do processo educacional, é fato que o professor ainda tem um importante papel na escolarização infantil. Entretanto, ele precisará ter aqui uma função de orientador e de mediador.

Isso significa respeitar o processo de autonomia e de descoberta do conhecimento pelas crianças com o mínimo possível de interferência. Assim, ele conseguirá potencializar a criatividade dos alunos, instigá-los a pensar por conta própria e ajudá-los em suas dificuldades caso seja necessário.

Por outro lado, a família também tem um papel essencial no desenvolvimento da criatividade dos seus filhos. Dessa maneira, as atividades escolares orientadas para essa competência podem ser reforçadas e incentivadas diariamente em casa. Por exemplo, pais, mães e responsáveis pelas crianças podem estimulá-las com:

• jogos pedagógicos;
• diferentes tipos de leitura;
• brincadeiras inteligentes;
• passeios interativos;
• experiências de socialização.

Como funcionam as soluções do programa Escola da Inteligência?

Por fim, outra excelente forma de promover a criatividade na educação infantil é participar das soluções pedagógicas da Escola da Inteligência (EI). Fundamentada na consagrada metodologia formulada pelo Dr. Augusto Cury, ela é um programa de desenvolvimento de competências socioemocionais com várias atividades voltadas para a família. Por exemplo, essa iniciativa abarca práticas como:

• workshops;
• materiais pedagógicos de estímulo à criatividade;
• formação de estudantes pensadores;
• cursos específicos para a família;
• livros de excelente qualidade;
• encontros presenciais;
• assessoria especializada;
• aplicativo próprio para o acompanhamento do programa.

Neste artigo, você conferiu um guia completo de como trabalhar a educação criativa no desenvolvimento das crianças, especialmente os seus princípios e os seus benefícios. Agora, chegou a hora de se aprofundar mais no assunto e aplicar essa modalidade na rotina dos seus filhos: tanto na escola, quanto em casa. Assim, naturalmente, eles se tornarão indivíduos plenos e capazes de superar os desafios que a vida lhes oferecer.

Fonte: https://escoladainteligencia.com.br/blog/educacao-criativa/